Como aprendo astrologia ?
Como faço pra aprender astrologia ? Por onde começar a aprender ? É possível aprender astrologia gratuitamente ? Há cursos ou Livros grátis ? Que livro ler ? Pode recomendar um curso, quais são os melhores cursos de astrologia ? Qual é um caminho para um estudante virar um astrólogo ? Já recebi essas, e muitas outras perguntas relacionadas a esse tema, e por coincidência hoje recebi mais uma, então vou tentar estabelecer um pequeno “guia” para as pessoas em dúvida de como começar.
- astrologia se começa pelo básico
- errar é preciso, viver não é preciso
- escolha o tipo de astrologia ideal
- Cuidado com as ideologias expúrias
- Cuidado com os picaretas
- Tudo na vida é 90% transpiração
Por onde começar a aprender astrologia ? R: Astrologia se começa pelo básico !
É impressionante ver, dia após dia, como em astrologia as pessoas não começam pelo bê-a-bá: já vi pessoas que conhecem todos os aspectos, mesmo os de semiquadratura, que seu quiron recebe de plutão, ceres, ou Xena, a princesa guerreira, mas não sabem que sua vênus está em quadratura com Saturno ! Gente que é incapaz de falar qualquer coisa sobre um mapa astral sem antes consultar um plutão, o ponto médio entre ceres e asteróide Frank Zappa, etc, e o pior é que a maioria dessas pessoas ainda está “cru” nos princípios básicos…
Descartes colocou esse princípio faz muito tempo: “do mais simples ao mais complexo”. Em astrologia tradicional temos 12 casas, 12 signos, 7 planetas tradicionais e 5 aspectos. Esse esquema funcionou por muitos milhares de anos. Hoje em dia temos que contar os 3 geracionais + Xena, um número de asteróides que vai aos milhares, corpos totalmente imaginários como Lilith, Cupido, etc, isso sem falar dos pontos médios entre tudo isso !
Esse seria um mapa astral qualquer apenas com os 7 planetas e os aspectos ptolomeicos (clique na imagem pra aumentar):
Agora veja a diferença quando colocamos os tradicionais, mais os geracionais, mais alguns poucos asteróides e também os aspectos menores, como semi-sextil.
Agora veja o singelo mapa abaixo, com a função “ponha tudo que tiver”, e se prepare pra tomar um susto. Será que isso é realmente interpretável ?
Todos os dias a gente vê perguntas do tipo “qual o significado da minha lilith em escorpião na casa 9”. Bem, cada um pergunta o que quiser, mas não seria mais lógico que essa pergunta viesse de alguém que já soubesse toda sua carta astral ? Ao contrário do que muita gente pensa, acrescentar um monte de elementos não vai ajudar sua interpretação, vai torná-la mais picareta: aprenda a interpretar algo usando apenas os 7 planetas tradicionais. Depois, a medida que sentir que os geracionais acrescentam algo, por favor, use-os se quiser, mas não comece usando um número gigantesco de corpos que você não domina. Baby steps
Intuição e Técnica na astrologia
Eu adicionei essa parte no artigo original porque quis discutir melhor o tema, então estou incorporando aqui o comentário da Gi: qual o papel da intuição, do “ver o todo” ? Como já discutimos antes, na astrologia atual parece dominar a abordagem “jack o estripador”… vamos cortar a astrologia em partes e interpretá-las separadamente, mesmo que se contradigam. Depois o problema da “síntese” fica com o pobre leitor, que nem sabe por onde começar.
Na parte 2 discutimos melhor a integração entre técnica e intuição: é óbvio que a intuição é necessária, mas depender dela não é bom. Sinal de que as coisas não estão bem. Acho que era a Lee Lehmann ou a Bernadette Brady que falava que ficava muito ofendida nas vezes que acertava uma previsão, e as pessoas, mesmo astrólogas, perguntavam se ela “tinha vidência”. Ela achava que era um insulto à sua técnica, e muitas vezes é mesmo.
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Não perca a parte 2 desse artigo: “Qual o melhor método para se aprender astrologia ?”
Artigos relacionados
Saphira
19 de fevereiro de 2013
Olá, sou uma pessoa comum(leia-se de pouca instrução) gostaria de saber quais seriam os livros sérios que você recomendaria.
Obrigada.
yuzuru
20 de fevereiro de 2013
voce pode procurar no skyscript, no blog ou em outros textos, por exemplo no blog do Rodolfo, Paulo, etc.
yuzuru
9 de fevereiro de 2007
Gi, sem entrar no mérito da questao concordo com vc sobre a industria do doutorado, já que sou professor universitario tb. Doutorado é um titulo que deveria ser exclusivo de quem quer gastar (investir ?) sua vida em pesquisa cientifica, e nao pra qualquer zé mané que quer ser sub gerente do bradesco (sem ofensas aos sub gerentes, mas nao é o caso deles acharem que devem fazer doutorado !)
De resto, aqui na colombia é a mesma coisa, isso pra mim é combinacao de 3 fatores
1 – mercado de trabalho que NAO é “competitivo” como dizem, mas longe disso, um mercado de trabalho monopolista, sem competicao, mas muito restrito a algumas elites e amiguinhos do rei
2 – uma incorporacao gigantesca dos ideais neoliberais e do “self made man” em nossas culturas, que leva a desastres do estilo: ah, nao vou casar agora pq preciso “investir em mim”, arre !
3 – cultura de senhores de engenhos: todos querem ser “doutor” pra poder dizer “vc sabe com quem está falando ?”
Dos cursos de pós que dei, acho que 90% dos alunos nunca leram um livro sério na vida. É tudo Paulo Coelho, o Sucesso é ser feliz, amor depois da morte… e dai pra baixo
yuzuru
9 de fevereiro de 2007
Nalu, na verdade soy quimico por graduacao ;-P
Nao vejo tanto motivo pra ter medo… faça umas perguntinhas básicas ou entao, melhor ainda, acompanhe a analise de outras pessoas de uma carta.
Nalu
8 de fevereiro de 2007
Yuzuru, eu achava mesmo que você devia ser também da área de humanas… astrologia e linguagem, nossa seria muito interessante.
Eu tô querendo aprender astrologia mesmo, mas como não domino inglês e não tem tanta coisa em português, ainda tô esperando a hora. Horária eu até sei que devia arriscar, mas tenho tanto “medo”/respeito dela que não consigo perguntar nada, nem responder perguntas dos outros. Enfim, fico observando e tentando pescar algo aqui, acolá e depois juntar um pouco. Nunca pensei que fosse aprender algo através do orkut, mas acabou sendo lá que eu tive contato com coisas muitíssimo interessantes. E obviamente aqui também tô aprendendo bem. Abraços.
Gi
8 de fevereiro de 2007
Sei que você não quer aprofundar, mas vou deixar minha conclusão sobre o assunto:
Já que você faz mestrado em Educação, vou partilhar minha opinião contigo: eu acho o ensino no Brasil péssimo se comparado a países como a França e se falar da minha história de vida. Aqui tudo se perde, inclusive esses exames superficiais feitos depois que a pessoa conclui uma etapa. O Vestibular é sim diferente desses exames porque não avalia o fim e sim o começo, e tem mais credibilidade e isso é válido e claro que na vida se faz necessária uma forma de avaliação, mas o que questiono nisso tudo é a natureza do Vestibular cujo princípio já é errado quando coloca todos num “balaio arrogante do aprendizado e do “QI” pra adentrar no recinto “maravilhoso” que é a faculdade pública”. Isso é de uma ignorância e petulância atrozes. Tanto é verdade que o “fim do caminho” comprovará o que estou dizendo: pessoas saindo da universidade e se deparando com algo que nunca viram no ambiente acadêmico, seja este federal ou particular. Pessoas lendo Machado de Assis e acompanhando notícias de jornal só pra passarem no Vestibular. É uma “multiplicidade falsa” pra depois cair na “especialização burra” quando deveria ser o contrário: a especialização deveria vir antes como forma de não obrigar ninguém a se tornar cidadão de nada, porque isso não se faz em exames, se faz na vida, na família. Não estou dizendo que a família substitui a escola, não é nada disso. São duas instituições diferentes. O que quero dizer é conhecimento e interesse pelo mundo, pela Literatura, pela política e pela coletividade não é criado assim, não se vende, não se aplica em exames complicados. Votos obrigatórios, Vestibulares e outros mais são mais exemplos de toda essa confusão chamada “Vera Cruz”. 😉
Antes eu não tinha argumentos válidos contra o Vestibular, era só aquela “tristeza, aquela amargura pessoal”, mas hoje, baseio-me no sistema francês pra condenar o nosso. E isso não me faz amar menos o país onde nasci, o Brasil, ao contrário. A crítica sempre ajuda. Um breve exemplo do ensino francês: é gratuito e isso não influi na qualidade. Há as escolas de rico? Claro que há, isso em todo lugar e servirá pra separar a plebe dos patrícios. Mas o que quero dizer é que é tudo separado e independente. Agora eles estão inventando junções de exames pra empresas lucrarem e isso é efeito do capitalismo e da globalização que têm como meta principal a rapidez em tudo. Perfeitamente compreensível e a França não seria a diferente e “socialista”.
No entanto, o método francês se inicia com o estudo básico, como o nosso e depois há o chamado Bac, Baccalauréat que é o equivalente ao nosso Vestibular sendo que as provas não têm nada a ver, creio eu porque são mais maleáveis sem serem fáceis. Você apenas não precisará passar por uma batelada de testes em áreas que não “serão a sua”. Mas isso não significa que você de repente não vai se interessar no futuro por Psicanálise se você fez Jornalismo como é meu caso. E depois isso é separado; a pessoa não será um “nada” se não completar 4 anos. Isso é uma escolha e também você não será desprezado no mercado. Eu por exemplo no meu único rélis curso de 3 meses de francês, quando eu não falava direito, a psicóloga escreveu o meu nível (baseada na minha formação no Brasil) lá no papelzinho e hoje que entendo isso melhor: BAC + L. Ela quis dizer “Bac mais License” só que ela esqueceu da Maîtrise porque eu fiz 4 anos de faculdade, o tempo normal de Com. Social no Brasil. Então é DEUG 2 anos, mais License 1 ano e Maîtrise 1 ano também. Maîtrise não é mestrado. É preciso dizer porque há a confusão. 😉 Depois é que vem a formação pós. Mas na universidade é completamente diferente; você pode “sair no meio” e isso não configura que você é pior, apenas que seu caminho não inclui a especialização. Mas hoje em dia tá um exagero que só nesse negócio. Todo mundo parece querer fazer um mestrado e um doutorado. Nossa mãe. E todos com 25 anos já com um doutorado me mãos. Ando meio com medo dessa “indústria do doutorado”. 😉
Bjs
Gi
8 de fevereiro de 2007
O que falo é baseado na minha experiência mesmo. No colégio eu sempre fui melhor no aprendizado de línguas estrangeiras. No próprio português eu não era uma exímia aluna, mas tirava lá meus 6, 7, raramente um 8. Sempre fui a aluna do 7. 😉 Explico a razão: sempre fui muito “livre” e criativa e isso se intensificou com a morte da minha mãe quando eu tinha 8 anos. As questões começaram a pipocar. Adorava o ensino de Português e me dava melhor na Gramática que na interpretação de texto, talvez porque a primeira fosse quase uma “ciência exata da humana”. O Língua portuguesa tem muito mais regras que exceções, creio eu. Não é como o inglês. Já na faculdade, aprendi a “ler” novamente e fiz Português 1, 2, 3, 4 e 5. Faculdade de Com. Social é isso aí. E continuamos eternos estudantes; bem, isso rpa quem é curioso e interessado feito eu. 😉
Às vezes, Yuzuru, eu sei uma coisa e não sei porque sei, entende? As regras básicas do português consigo explicar algumas, mas se alguém me perguntar o que é isso e aquilo na frase é capaz de eu acertar e errar e não saber o porquê de tudo. Acho que para escrevermos e falarmos bem precisamos ler e não separar em compartimentos os meios de comunicação e os meios de aprendizado. Não fazendo isso, ficamos mais ou menos com o mesmo nível na hora de escrevermos e falarmos corriqueiramente. A linguagem escrita é diferente da falada, claro, mas quando uma pessoa é fluente numa língua estrangeira e não consegue realmente escrever nessa língua, se expressar por escrito, algo está muito errado. É disso que falo. Você como mestrando em Educação entende o que digo.
Bjs
yuzuru
8 de fevereiro de 2007
Gi, gostaria de responder seu post direito, mas ele envolveria muitos comentários e eu vou ficar com preguiça de falar sobre linguistica e aprendizado (já faço mestrado em educaçao, já basta ) 😛
Só vou discutir um ponto: a gente entende gramática como um conjunto de regras sem sentido, porque a gramática brasileira está obsoleta, mas existe muita resistencia de ordem elitista/colonial para modificá-la… um sentido mais interessante que podemos entender a gramática é como aquele conjunto de regras automáticas e intuitivas que as pessoas usam para gerar as frases que precisam para se comunicar.
Um dia ainda vou escrever sobre astrologia e linguagem, mas ainda me falta um foco
Gi
6 de fevereiro de 2007
Gostei do último artigo; acabei de ler. Eu pelo menos adoro aprender sobre tudo, mas sair falando o que aprendi aí são outros quinhentos. 😉
Gi
6 de fevereiro de 2007
Agora que vi essa sua atualização no post. Na Astrologia como em tudo na vida técnica é muito importante; ela que dá força à pessoa. Exemplo: adoro as esculturas dos antigos, Camille Claudel, Rodin e mais outras onde podemos ver cada detalhe, um trabalho minucioso, o rosto, o corpo. E às vezes as coisas mais “abstratas”, disforme podem nos passar essa idéia de falta de técnica e cuidado como muitas o são realmente; há uma economia de “massa cinzenta” e todo mundo engole essa “arte”. Mas antes de tudo não estou falando de um Francis Bacon.
Enfim, há certos saberes que permitem mais essa “intuição” que será aplicada no cotidiano, como uma ajuda rápida, mas nunca para classificar alguém no “banco dos réus”, em exames, “vestiburrares”, essas coisas. Se a pessoa quer ser conhecida por sua competência, aí vai estudar mais como você falou. E realmente é uma baita ofensa o povo chamar de “vidente”. Concordo plenamente. 😉 Acho que a previsão é extremamente difícil e, no entanto, é a base da Astrologia, é aí que a pessoa vai passar pelo crivo, concordo plenamente contigo e antigamente ficava naquela de “psicologia”, mas hoje entendo o que é a Astrologia.
Gi
6 de fevereiro de 2007
Ah, esqueci, e desviando um pouco da Astrologia; eu tenho umas regrinhas dentro de mim que antes não eram conscientes:
– na língua estrangeira você vai cair no mesmo “nível” da sua língua materna, e são essas armas que você vai usar.
– pegar a gramática e o estilo de pronúncia logo rapidinho, que o vocabulário aumenta com o tempo e com “olhadas” no dicionário
– não fazer o que eu fiz às vezes de pensar demais; este é um dos meus únicos defeitos nisso
– quem não se importa com pronúncia não é entendido
– ler muito livros difíceis, mas começar pelas revistas, pelo básico que você fala, linguagem corrente, gíria, povo na rua. E isso é super importante, senão te enxergam como “velhote”
– aceitar a língua
– não perguntar muito o porquê disso e o porquê daquilo (criança geralmente aprende mais rápido pela idade, claro e porque aceita logo; não questiona)
– se a língua maternal for derivada do latim e a língua aprendida for também, pode-se traduzir no início só como forma de memorizar e entender o que se diz pra depois começar a organizar e pensar na língua
– se a língua materna for o português e a que se aprende o alemão ou o inglês, adeus traduções ao pé-de-letra, sem muitas perguntas. 😉
– aprender “venusianamente”. Explico: através de amor e diversão. 😉
– ver muita TV, ouvir muita música, errar muito, perguntar bastante, ser chato e “burro”, passar vergonha, ser modesto e ver filmes
– gramática é importante mas ninguém precisa saber “porque” é assim; só o professor da língua em questão.
É por isso que muita gente não aprende direito. Porque tem vícios. Tem que se doar e se transformar.
Gi
6 de fevereiro de 2007
Eu adoro os filmes do Ingmar Bergman. 😉 Mas não é sueco aquilo ali? Não falei de “aprender tudo no ouvido”, mas acho que uma boa parte dá sim, mas vivendo no país, claro. O técnica é importantíssima para escrever principalmente, mas pelas minhas experiências nunca vi uma só pessoa que conseguisse aprender totalmente uma língua se não vivesse no país, evidentemente e também só naquela de “be-á-bá”. Só vejo pessoas que aprendem o be-a-bá e ficam cruas, sempre se colocando as mesmas questões e nunca “pescando qual é” da coisa, entende?
yuzuru
5 de fevereiro de 2007
É verdade… mas também se fosse possível aprender línguas estrangeiras “de ouvido”, “usando a intuicao”, bastaria ouvir várias e várias horas de filmes do Bergman, e voce ia aprender alemao.
Como reescrevi no texto, o problema nao é tanto de comecar pelo básico, e sim de ter bem fundamentado o técnico, para nao se depender apenas do intuitivo
Gi
5 de fevereiro de 2007
Yuzúuuru (sei que não tem acento) ;-), esse esquilinho aí está uma couusa, hein?! Le bien et le mal… O ser humano é chegado nessas separações. Sabe que esse negócio de “começar pelo começo” é bem vero, mas às vezes aprendo algo intuitivamente (sou muito assim) e isso se iniciou “de cima” e depois foi pegando a base para formar o que chegou intuitivamente. Exemplo: o aprendizado de línguas estrangeiras. E em muitas situações a gente vai ver uma pessoa que sabe cantar em várias línguas, tem a pronúncia correta de muitas palavras (aquelas com as quais teve contato e ouviu alguma vez), se vira de repente, e sai falando o básico do básico uma língua que nunca falou na vida e é compreendido ainda por cima! O ato de aprender algo me fascina por isso. A comunicação e as diversas formas de se fazer isso. O básico é muito importante, mas ele pode ser resgatado quando já se aprendeu o que está “mais no alto”, digamos. Evidentemente, não dá pra enganar o “básico” por muito tempo e é justamente o tempo que vai definir este “bê-á-bá” . Na Astrologia não seria diferente, como você bem diz. Mas o importante pra mim é ter aquela vontade que não vem com o básico.